sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim
E não dizemos nada
na segunda noite já não se escondem:
pisam as flores
matam nosso cão
e não dizemos nada
Até que um dia
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa
rouba-nos a luz
e conhecendo nosso medo
arranca-nos a voz da garganta
E já não podemos dizer nada
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